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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Recursos de acessibilidade no Google Apps





O Google Apps oferece recursos de acessibilidade, como atalhos do teclado e suporte a leitor de tela no Gmail, Google Agenda, Bate-papo do Google, Google Drive e Google Sites. Apresentamos a seguir um resumo dos recursos de acessibilidade oferecidos.
Observação: criamos um Guia do administrador para acessibilidade, que explica as práticas recomendadas para a implantação do Google Apps, a fim de oferecer suporte às necessidades de acessibilidade dos usuários.
Como usar leitores de tela com produtos do Google
Os serviços do Google Apps podem ser usados por leitores de tela, como o JAWS e o ChromeVox, e nós continuamos a expandir a acessibilidade no Google Apps.
  • Faça o download e instale o JAWS
  • Faça o download e instale o ChromeVox
Se estiver dando os primeiros com o ChromeVox, pode ser que você ache este tutorial e esta lista de atalhos de teclado úteis. Saiba mais sobre o ChromeVox.


Clique nos links a seguir para obter mais informações sobre recursos de acessibilidade no Google Apps e sobre o suporte a leitor de tela de cada produto.
Gmail
Google Agenda
Bate-papo do Google
Atalhos de teclado
Suporte a leitor de tela (Observação: no Bate-papo do Google ainda não há suporte ao ChromeVox para Mac. Usuários de Mac devem usar o Voice Over com o Safari).
Google Drive
Para obter informações sobre um produto específico, clique nos links abaixo para saber como usar leitores de tela com os seguintes aplicativos do Google:
Google Sites



Para obter mais informações sobre acessibilidade em produtos do Google para cegos, deficientes visuais e deficientes auditivos, consulte http://www.google.com/accessibility/products/.

NOTA - Guia do administrador para acessibilidade aqui no site na guia do mesmo.

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Acessibilidade electrónica



Desenho Universal para  Todo

Permitir a todas as pessoas o acesso à informação e ao conhecimento, criando as condições necessárias para a aquisição de competências no domínio das tecnologias de informação e comunicação, constitui, actualmente, um imperativo inadiável para qualquer sociedade que não queira ver-se irremediavelmente ultrapassada no percurso imparável da globalização e da predominância crescente daquelas tecnologias em todos os sectores da vida humana.
Para as pessoas com deficiências ou incapacidade, para além das questões de acesso às tecnologias da informação e comunicação para a generalidade da população, que se prendem com a formação ou com as condicionantes económicas, por exemplo, levantam-se problemas específicos de acessibilidade electrónica que restringem fortemente a sua funcionalidade e a sua participação social.
Estes problemas são basicamente relativos ao hardware, isto é, aos instrumentos que produzem, veiculam e transmitem a informação, e ao software, constituído pelos programas que tornam viável todo o circuito da informação.
As soluções para os primeiros terão necessariamente de resultar da conjugação de vontades e de esforços de vários sectores da sociedade, designadamente o Ensino e a Indústria, e da intervenção de áreas fundamentais como a do Desenho Universal ou Desenho para Todos. Para a resolução dos segundos concorrem medidas como a utilização cada vez maior das normas de acessibilidade para os sítios da Internet, amplamente divulgadas peloPrograma Acesso, da UMIC, Agência para a Sociedade do Conhecimento, a aplicação de regras de acessibilidade aos programas digitais ou o alargamento da introdução de legendagem e interpretação de língua gestual nos programas televisivos.

A acessibilidade electrónica é acompanhada pelo INR, I.P., em duas vertentes: a nacional, pela coordenação daRede de Centros de Excelência em Desenho para Todos e Acessibilidade Electrónica, e a internacional, enquanto Centro Nacional de Contacto da European Design for All e-Acessibility Network - EDeAN.
O Desenho Universal ou Desenho para Todos visa a concepção de objectos, equipamentos e estruturas do meio físico destinados a ser utilizados pela generalidade das pessoas, sem recurso a projectos adaptados ou especializados, e o seu objectivo é o de simplificar a vida de todos, qualquer que seja a idade, estatura ou capacidade, tornando os produtos, estruturas, a comunicação/informação e o meio edificado utilizáveis pelo maior número de pessoas possível, a baixo custo ou sem custos extras, para que todas as pessoas e não só as que têm necessidades especiais, mesmo que temporárias, possam integrar-se totalmente numa sociedade inclusiva. A realização de um projecto em Desenho Universal obedece a 7 princípios básicos: Utilização equitativa: pode ser utilizado por qualquer grupo de utilizadores; Flexibilidade de utilização: Engloba uma gama extensa de preferências e capacidades individuais; Utilização simples e intuitiva: fácil de compreender, independentemente da experiência do utilizador, dos seus conhecimentos, aptidões linguísticas ou nível de concentração; Informação perceptível: Fornece eficazmente ao utilizador a informação necessária, qualquer que sejam as condições ambientais/físicas existentes ou as capacidades sensoriais do utilizador; Tolerância ao erro: minimiza riscos e consequências negativas decorrentes de acções acidentais ou involuntárias; Esforço físico mínimo: pode ser utilizado de forma eficaz e confortável com um mínimo de fadiga; Dimensão e espaço de abordagem e de utilização: Espaço e dimensão adequada para a abordagem, manuseamento e utilização, independentemente da estatura, mobilidade ou postura do utilizador. O Desenho para Todos assume-se, assim, como instrumento privilegiado para a concretização da acessibilidade e, por extensão, de promoção da inclusão social. A sua importância está, de resto, consignada na Resolução ResAP (2001) 1, do Comité de Ministros do Conselho da Europa (Resolução de Tomar), que recomenda aos Estados membros, entre outras medidas, que "tomem em consideração, na elaboração das políticas nacionais, os princípios de desenho universal e as medidas visando melhorar a acessibilidade no sentido mais lato possível, ... relativamente aos programas de ensino e a outros aspectos da educação, da formação e da sensibilização que relevam directamente dos governos, de acordo com as responsabilidades de cada país". O Instituto Nacional para a Reabilitação é o Centro Nacional de Contacto da Rede Europeia de Desenho para Todos e Acessibilidade Electrónica - EDeAN (European Design for All e-Accessibility Network) - e coordena a Rede Nacional dos Centros de Excelência em Desenho para Todos e Acessibilidade Electrónica .

quinta-feira, 11 de julho de 2013

ACESSIBILIDADE WINDOWS 7




 





Instalar leitores e ampliadores de tela

Eu sei que parece óbvio, mas instalar programas específicos, como leitores e ampliadores de telas, é o passo inicial para melhorar a acessibilidade do Windows 7. Além do mais, se você não instalar um destes programas, as tudo ficará mais difícil ou até mesmo inviabilizado.
Nesse estrato conceitual aconselho o leitor de telas para Windows 7, JAWS (nas versões 11 e 12) e NVDA (nas versões 2010.2 ou superior).
Quanto aos ampliadores de tela, a boa surpresa do Windows 7 é que ele tem uma lupa bem mais decente e com mais recursos do que nas versões anteriores. Se ainda assim você preferir instalar programas de terceiros, recomendo que dê uma olhadinha no artigo: 
Ah! E ainda tem mais um aviso, no  dia a dia você ainda poderá encontrar problemas de leitura com um destes leitores de tela citados acima. Eles ainda apresentam pontos "cegos", ou seja, em algumas situações não terá a leitura da tela ou ele falará em inglês quando deveria falar em português ou ainda vai se comportar como um rebelde sem causa. Mas estes problemas deverão ser resolvidos com o passar do tempo e amadurecimento (em futuras versões) dos nossos amigos de fala sintética em relação a este novo sistema da Microsoft.

Personalização do sistema

O Windows 7 trouxe uma série de melhorias quando o assunto é aparência e temas. No entanto para o cego e amliope, não faz a menor diferença e principalmente, para quem tem baixa visão, a personalização visual só atrapalha.
Para adequar o visual do sistema e deixá-lo mais acessível, visualmente falando, sugiro mudar os seguintes itens:
Tema: O tema padrão do Windows 7 é chamado de Aero. Tal tema é responsável pelas transparências e efeitos visuais citados acima e ele só está disponível se você possuir uma boa placa de vídeo, caso contrário o tema padrão a ser adotado pelo sistema é o Windows 7 Basic.
Tanto o tema Aero quanto o Basic são visualmente pouco acessíveis. A forma de contornar esse problema é usar o tema Clássico do Windows, que é mais acessível visualmente.

Se quiser alterar o tema do Windows 7:
Abra o Menu Iniciar e digite "tema" no campo de pesquisa. Com o resultado de pesquisa o Windows trará a opção Alterar o tema. Na janela que se abre, utilize as setas direcionais para escolher entre os temas disponíveis.
Papel de parede: Obviamente o papel de parede é uma questão bem pessoal, mas se o intuito é deixar o sistema mais amigável aos olhos daqueles que pouco enxergam, sugiro uma imagem com poucas cores e menos informação visual, afim de não comprometer o uso do computador.
Tamanho da fonte: Se o tamanho da fonte padrão do Windows 7 não for adequada para você. Pode mudar o tamanho, desta forma;
 Abra o Menu Iniciar e digite no campo de pesquisa "Ampliar". Como resultado você terá o item Ampliar ou reduzir textos e outros itens.
Na janela que se abre, você tem 3 tamanhos de fontes pré-definidas: Menor – 100%, Médio – 125% e Maior – 150%. Se estes tamanhos não se enquadram para você, no painel esquerdo desta mesma janela procure pela opção Definir tamanho do texto personalizado.

Teclas de atalho

Ter um bom domínio do teclado e de seus atalhos para executar programas e recursos do sistema é fundamental para tornar o Windows mais acessível. Sabemos que a gente tem que decorar um milhão de atalhos e isso por vezes é bem cansativo. Mas , quem progride sem trabalho!?
A melhor forma de decorar os atalhos de teclado, é associa-los ou seja, ligar o comando à função que ele exerce. Como exemplo, Ctrl + C, o "C" associo a função de Copiar. Outro exemplificação, comando Menu Iniciar + F, abre uma janela para buscarmos por arquivos no computador. O "F" nesse caso vem do inglês Find, que significa justamente procurar, mas se não entende inglês, pode associar a letra F à Fiscalizar. E assim vai associando os comandos que  mais usa a uma palavra que faça sentido na sua cabeça.



Desempenho ou perfomance
Muita gente não consegue associar ou não entende a relação entre desempenho e acessibilidade no computador. Para muitos uma coisa não tem nada haver com a outra.
Vamos avaliar da seguinte forma:
Do lado do desempenho, uma boa máquina precisa ter um bom processador, uma quantidade razoável de Memória RAM e uma placa de vídeo decente.
No contexto do lado da acessibilidade, um ampliador de telas para deixar tudo grande na tela do monitor, para você não ter que ficar com a face muito proxima do mesmo, faz mais e por maior tempo requisições ao processador, memória e placa de vídeo. O mesmo acontece com os leitores de tela.
No Windows é possível seguir o caminho do desempenho, libertando-se do visual e retirando a parte da estética ou seguir o caminho da beleza da aparência, e obter um desempenho menor. Qual você prefere? Depende apenas de si mesmo.
Se você não tem um computador tão bom assim ou simplesmente quer aumentar a performance da sua máquina siga os passos: Abra o Menu Iniciar e digite "Ajustar o desempenho". Como resultado você terá a opção Ajustar a aparência e o desempenho do Windows. Tecle Enter.

Na janela que se abre tem quatro opções:
Deixar o Windows escolher a melhor opção para o computador,
Ajustar para obter uma melhor aparência,
Ajustar para obter um melhor desempenho

Personalizar. Com a seta para baixo escolha a opção Ajustar para obter um melhor desempenho.
Com a tecla Tab navegue até o botão OK.
Observação: essa alteração no sistema desabilita “Todo e qualquer “tipo de efeito visual que o sistema possui em prol do desempenho da máquina. Sendo assim você estará economizando recursos para acomodar melhor seu leitor e/ou ampliador de telas.
Central de facilidade de acesso
A Central de Facilidade de Acesso é um local onde você pode modificar configurações e programas de acessibilidade disponíveis no Windows. Você pode ajustar uma série de configurações que facilitam a vida de pessoas com deficiência ou algum tipo de restrição mais grave.
Na Central de Facilidade podemos encontrar opções voltadas às pessoas com deficiência visual, físico-motora, intelectual e auditiva. Como o foco do nosso artigo é nas pessoas com deficiência visual, focarei somente nas opções voltadas para esse público.
 Se quer abrir a Facilidade de Acesso, abra o Menu Iniciar e digite "Facilidade de Acesso" ou utilize o atalho Windows + U. Com a tecla Tab navegue entre as opções disponíveis. As opções mais relevantes e merecem destaque são: Iniciar Lupa, Iniciar o Narrador (leitor de telas nativo do Windows) Obter recomendações para facilitar o uso do computador.
Neste último caso o Windows fará várias perguntas relacionadas as principais dificuldades das pessoas no uso do computador e no final irá sugerir as alterações que podem ser feitas de acordo com as respostas dadas.
Mantenha seus programas e seu sistema atualizado
Muitos problemas de acessibilidade podem ser sanados com uma simples atualização do Windows, dos programas que controlam a placa de vídeo, som  ou dos programas que fazem a leitura e a ampliação da tela.
    A  exemplo, se o NVDA não estiver lendo uma tela do Word, o problema pode estar no próprio Word, no leitor de telas ou no Windows.
    No caso do Windows, instale todas as atualizações sugeridas pela Microsoft através do Windows Update. Recentemente resolvi um problema de incompatibilidade entre o JAWS e o Windows Explorer instalando o Service Pack 1 (pacote de atualizações) lançado há algum tempo atrás.
No caso dos seus programas de acessibilidade ou de outro qualquer, procure acessar regularmente o site do desenvolvedor em busca de novas versões e/ou scripts que possam melhorar ou resolver falhas dos mesmos.
Acessibilidade Atitudinal
Acessibilidade Atitudinal é buscar alternativas para solucionar problemas que envolvam a acessibilidade. Paciência e persistência também são requisitos na hora de transformar problemas em soluções.
Diferentemente das outras dicas, essa última não tenho como entrar na sua cabeça e dizer o que e nem como você deve resolver seus problemas de acessibilidade no computador, até porque no mundo da informática as variáveis são infinitas e de uma hora para outra as coisas param de funcionar e tudo simplesmente se complica..


quarta-feira, 3 de julho de 2013

AUDIO DESCRIÇÃO

 Histórico 

A primeira vez que a audiodescrição apareceu formalmente descrita como tal, foi na tese de pós-graduação “Master of Arts”, apresentada na Universidade de São Francisco pelo norte-americano Gregory Frazier, em 1975. Uma série de estudos começaram a ser feitos e os resultados favoráveis que foram sendo comprovados nessas primeiras experiências fizeram com que a técnica se desenvolvesse em teatros, museus e cinemas dos Estados Unidos durante a década de 80. O encontro de Frazier com August Copolla facilitou a divulgação da audiodescrição pela América do Norte. Em 1989 a audiodescrição foi realizada em alguns filmes do Festival de Cannes. Rapidamente, a técnica se estendeu por alguns países da Europa, principalmente no Reino Unido, que primeiro experimentou inserir a audiodescrição na televisão. Essa experiência ficou conhecida como “Descriptive Video Service”. Graças ao êxito deste programa pioneiro, outras experiências foram estimuladas, como por exemplo, no Canal Network. Em 1992, surgiu o Projeto Audetel, uma iniciativa britânica coordenada pelo Royal National Institute for the Blind, que se dedica a investigar os requisitos técnicos necessários para a incorporação da audiodescrição nas emissoras de televisão. Na Espanha, a partir de 1991, foi desenvolvido o sistema Sonocine, que permitiu que as pessoas com deficiência visual seguissem a audiodescrição dos filmes exibidos na televisão através de um canal de rádio especialmente habilitado. Os canais TVE e La 2 colocaram em prática essa experiência por algum tempo. Hoje, somente o Canal Sur ainda utiliza este sistema. Em 1993, a Fundação ONCE, uma organização espanhola para a cooperação e integração social de pessoas com deficiência, começou um programa de investigação e pesquisa em audiodescrição, que culminou com a publicação da norma UNE 153020, intitulada: Audiodescripciónpara personas con discapacidad visual . Requisitos para la audiodescripción y elaboración de audioguías. NO MUNDO: Atualmente, a acessibilidade nos meios de comunicação está em pauta em todo o mundo, sendo que em alguns países como Alemanha, Reino Unido, França, Espanha, Estados Unidos e Uruguai a audiodescrição já é uma realidade em cinemas, teatros, museus, programas de televisão e DVDs. Festivais de cinema como o Festival de Cine de Pamplona, Festival Iberoamericano de Cine de Huelva e o Festival de Cine de Móstoles, oferecem em suas sessões o recurso da audiodescrição. Na televisão espanhola, a TVE foi o primeiro canal a disponibilizar o recurso. Hoje, o Canal Sur e o TV3 utilizam o sistema. Dentro do Museo das Artes Audiovisuais de Alcira em Valência, há uma sala que oferece o serviço de audiodescrição de forma permanente. No Reino Unido, mais de 270 salas espalhadas pelo país possuem acessibilidade e mais de 250 filmes em DVD com acessibilidade estão disponíveis para locação ou venda. Grande parte dos canais de televisão no Reino Unido oferecem a acessibilidade em sua programação. Na Alemanha, alguns cinemas contam com o recurso da audiodescrição e o canal de televisão BR oferece programas com o serviço. Em Munique, o Festival de Cinema Wie wir leben oferece audiodescrição em todas as sessões, desde 1995. Na Austrália, o The Sydney Film Festival e o The Other Film Festival contam com acessibilidade nas sessões. Na França, o canal TF1 exibe programas com audiodescrição e algumas salas de cinema espalhadas pelo país, como o Cinema MK2, oferecem o serviço de forma permanente. O Festival Retour D’Image é um dos festivais de cinema franceses que oferece sessões audiodescritas. Uma das audiodescritoras mais importantes do mundo, Marie-Luce Plumazille, desenvolve a técnica na França desde 1989. 



  O que é audiodescrição

O recurso consiste na descrição clara e objetiva de todas as informações que compreendemos visualmente e que não estão contidas nos diálogos, como, por exemplo, expressões faciais e corporais que comuniquem algo, informações sobre o ambiente, figurinos, efeitos especiais, mudanças de tempo e espaço, além da leitura de créditos, títulos e qualquer informação escrita na tela. A audiodescrição permite que o usuário receba a informação contida na imagem ao mesmo tempo em que esta aparece, possibilitando que a pessoa desfrute integralmente da obra, seguindo a trama e captando a subjetividade da narrativa, da mesma forma que alguém que enxerga. As descrições acontecem nos espaços entre os diálogos e nas pausas entre as informações sonoras do filme ou espetáculo, nunca se sobrepondo ao conteúdo sonoro relevante, de forma que a informação audiodescrita se harmoniza com os sons do filme. 



  COMO SE FAZ 

 Diferentes ferramentas técnicas são utilizadas dependendo do suporte em que estamos trabalhando. Para filmes, séries, novelas ou documentários, os suportes atuais são o cinema, a televisão e o DVD. Em produtos audiovisuais, a audiodescrição é adicionada em um segundo canal de áudio. No caso da televisão, através de um canal que disponibilize esta banda extra de áudio, geralmente acionada pela tecla SAP (Programa Secundário de Áudio) dos televisores. Para peças de teatro, o suporte é o próprio espetáculo e neste caso só é possível que seja feita ao vivo. A audiodescrição pode ser: Audiodescrição gravada Para a produção da audiodescrição gravada, o processo se dá nas seguintes etapas: Estudo e Roteiro: Um audiodescritor-roteirista especializado estuda a obra a ser descrita e produz um roteiro com os textos a serem narrados. A criação do roteiro é um trabalho delicado e subjetivo, que deve seguir padrões e técnicas internacionais estabelecidas em países onde a audiodescrição já está normatizada. As falas audiodescritas acontecem entre falas do áudio do filme, então, para que haja no roteiro a indicação exata de onde cada fala deve ser encaixada no áudio original do filme, é necessário que o audiodescritor trabalhe a partir de uma cópia do filme com Time Code aparente (referência de tempo que sincroniza áudio e vídeo). Se o roteiro for realizado por mais de um audiodescritor-roteirista (caso de trabalho realizado com prazo curto), um revisor especializado deverá uniformizar a linguagem e o vocabulário; Ensaios e ajustes: Depois do roteiro pronto, o ator-audiodescritor deverá ensaiar a colocação das falas narradas nos locais previamente escolhidos. Este é o momento onde ocorrem pequenos ajustes de tempo ou a troca de uma palavra por outra para que a descrição fique adequada. Gravação: Com o roteiro pronto e já tendo ensaiado, o ator-audiodescitor entra em estúdio, acompanhado de um diretor de gravação e do técnico em gravação, para executar a gravação das descrições contidas no roteiro. Sincronização: O arquivo de áudio extra, contendo a audiodescrição, é editado e mixado na banda sonora original do filme ou programa, no caso da televisão e do DVD, e por meio de um canal extra de áudio. No caso do cinema, o arquivo de som é transmitido para fones de ouvido, para que essas informações complementem o som original do filme. Audiodescrição ao vivo ensaiada A audiodescrição pode ser feita ao vivo. Esta forma é mais adequada em Festivais de Cinema, peças de teatro, espetáculos de dança, óperas e manifestações artísticas em geral. Na audiodescrição ao vivo ensaiada, a preparação das falas da audiodescrição é feita da mesma forma que na audiodescrição gravada, porém, nesse caso, o ator-audiodescritor executa ao vivo a narração. As duas primeiras etapas, Estudo e Roteiro e Ensaios e Ajustes são idênticas às da audiodescrição gravada. Execução feita ao vivo: A execução da audiodescrição ao mesmo tempo em que a obra é exibida. Nesse tipo de audiodescrição, feito em cinemas e teatros, o equipamento utilizado é o mesmo que o da tradução simultânea. Os atores-audiodescritores ficam em cabines narrando nos microfones e o som é transmitido para os usuários através de fones. A sessão de filme ou peça transcorre normalmente, sem interferência para o restante do público. O som original do filme ou da peça é captado pelo usuário de audiodescrição pelo próprio sistema de som da sala de cinema ou voz dos atores no palco, e o conteúdo audiodescrito, pelo fone de ouvido. Audiodescrição simultânea Nesta forma, o audiodescritor não tem conhecimento prévio da obra a ser descrita, por isso, não há roteiro, nem possibilidade de ensaio. Esta forma é a única possível em produtos que são transmitidos ao vivo. Por essa característica, a audiodescrição simultânea está sujeita a falhas e sobreposições das falas do audiodescritor com as falas dos personagens, já que a obra não foi estudada previamente. Treinamento: Para que o resultado seja satisfatório, o profissional que faz a audiodescrição simultânea deverá ter como base um treinamento específico. Audiodescrição em filmes estrangeiros não dobrados Quando o produto é estrangeiro e não está dublado, é necessário que os atores-audiodescritores realizem também a leitura interpretada dos diálogos do filme traduzidos para o português. Esse serviço não caracteriza uma dublagem, porque a leitura interpretada não se sobrepõe completamente à voz original dos personagens. O espectador escuta o diálogo original, porém, em forma de “voice over”, ouve também a leitura interpretada dos diálogos, juntamente com a audiodescrição das cenas. Essa interpretação dos diálogos deve ser feita de forma a acompanhar sutilmente o ânimo das cenas e dos personagens, mas sempre em tom mais baixo e discreto. A preparação do roteiro, ensaios e ajustes é similar a da audiodescrição gravada.

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